O Tonel de Diógenes
sábado, 3 de novembro de 2012
Zumbi, e a necrose da alma.
domingo, 3 de junho de 2012
Aquiles e Heitor
terça-feira, 8 de março de 2011
Orfeu, e o caminho do artista.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
O Mar e suas Possibilidades.
"Netuno, senhor dos mares.
Minha pujança é o senhor quem forjou, meu sustento vem de sua casa.
Mas se for por sua vontade, podes levantar o mar e me destruir.
Sou impotente fronte sua força; e grato por sua providência.
Em ambas situações, tudo o que eu posso fazer é o mesmo.
Manter-me firme junto ao leme..."
Nas muitas Américas somos um povo formado de muitos povos. Nessa diversidade pouco existe em comum em idiossincrasias etnológicas. Pouco em comum reside também nos motivos que trouxeram os nossos primeiros antepassados para essa terra. Fora a coragem de homens e mulheres em atravessar um oceano de provações em embarcações precárias. Esses temerários imigrantes viveram uma diáspora em busca da edificação de um sonho que residia no além mar. Tais pessoas, deixaram seus ossos no pavimento abaixo dos pilares de nossa civilização. Tornando-se assim um exemplo do último período da antiga oração. Afinal, tanto na dor quanto na fortuna, esses exerceram o vigor de se manterem no leme de suas escolhas.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Ser bom é fácil; o difícil é se manter justo.
Fiquei surpreso, semana passada, ao ler na camisa de um colega na universidade o dito: “-Ser bom é fácil; o difícil é se manter justo.”.
Diz uma antiga parábola que Licurgo, legislador espartano, certa feita foi provocado a realizar um palestra sobre os benefícios da educação. Pedindo um rato de tempo, o velho sábio se preparou para tal palestra.
Passado esse hiato retorna a agoras munido de duas gaiolas. Cada uma um lodos e também carregava dois coelhos nas mãos. Ao libertar o primeiro coelho ele liberta também o primeiro lobo. Imediatamente se dá frenética luta pela vida onde o coelho é implacavelmente devorado pelo lobo. Após guardar o animal ele repete novamente a experiência, desta vez com a segunda besta. A mesma cena de perseguição agita a agoras. Só que desta vez o lobo ao capturar o roedor prazerosamente brinca com sua presa, sem lhe fazer mal algum. Ficava assim demonstrado, brilhantemente, os benefícios da educação. O lobo, adestrado, foi incapaz de seguir seus instintos predatórios e devorar o afortunado leporídeo.
Tal coisa é impressionante na natureza, Skinner e Pavlov à parte, o condicionamento é capaz de fazer mesmo uma besta lupídia ter um comportamento bom e urbanizado aos olhos humanos. Ainda assim, o condicionamento a uma resposta é um processo mental inerente a qualquer criatura na natureza. Já o conceito de justiça, esse postulado de um processo mental mais elaborado, não ocorre de modo tão imediato ao comportamento. Afinal, sobre fria análise, que senso de justiça existe na segunda predação da fábula? E arriscando ir um pouco mais além, onde existe o ponto de intercessão entre os campos da educação, justiça e urbanisidade?
quarta-feira, 24 de março de 2010
A Mediação das Bruxas.
No fim da era européia medieval se vivia a formação de um novo inconsciente coletivo. O mundo ocidental emergia da idade das trevas, contudo o fervor religioso ainda ditava a ordem social. Paradoxalmente, neste período de fé na palavra de Cristo, fundamentadas no amor e na compaixão, as espadas possuíam afiação maior que a pregação religiosa. O conflito entre as não tão diferentes doutrinas católicas e protestantes lavava o solo europeu com o sangue de um número incontável de fiéis de ambos os lados.
Em uma época onde a crença era inabalável se fazia natural que essa determinasse as concepções de universo. Atribuindo neste placo tanto o bem e quanto o mal a uma esfera etérea na qual a sua concretização se só era possível através da influência mística. Fazendo parte do tablado histórico um rico jogo de cenários de batalhas entre a diabolicidade e a santidade. Tal fato fomentou um fantástico repertório folclórico europeu, sendo um dos mais fascinantes dentre esse a Bruxaria. Nesta dança espectral, entre a salvação e a corrupção da alma, a bruxa foi tomada como personificação máxima do poder das trevas sobre o ser humano. Curiosamente aceita unanimemente entre cristãos tanto católicos como protestantes.
Quando existia alguma tragédia, desavença ou simples infortúnio social ou familiar imediatamente tinha inicio a uma caçada as bruxas. As acusações eram muitas vezes mera forma vingança de alguma rixa particular. O processo de captura de uma bruxa se assemelhava em mecanismo como o da confirmação de um avistamento de OVNI na segunda metade do século XX. Assim que tal fato incendiasse em uma região, tomava força e crescia em afirmações de veracidade. Entre 1450 e 1750 foram registradas mais de 100.000 capturas de bruxas “confirmadas”. Havia, entretanto, um padrão na distribuição a atividade da bruxaria, que era muito mais ativa em regiões onde existia fronteira entre católicos e protestantes, Escócia; leste da França; assim como existia o alarmante índice de uma a cada três bruxas residirem na Alemanha. Também havia um padrão social associado. As bruxas eram em sua maioria mulheres viúvas ou solteiras, velhas, desfiguradas, pobres e quase sempre tinham casos de brigas com os visinhos. Contudo também não eram raros os casos de mulheres bonitas, homens com o perfil intelectual aguçado e até crianças encrenqueiras. Fica evidente que esses constituem tanto áreas como indivíduos muito mais propensos aos atritos pessoais do que o normal. Seja como fosse, assim que alguém não agüentasse mais os próprios contra-tempos e gritasse “-Bruxa!!!” alguém acabava cozido na fogueira. Assim a paz e tranqüilidade era recobrada no condado, pelo menos momentaneamente...
Infelizmente quando deixamos de acreditar em bruxas, nos idos da revolução industrial, perdemos também a fé na capacidade maligna do homem. Bastava ser cristão e de boa família para esse indivíduo ser promovido ao status de um portador do bem e dos bons costumes. O fruto amargo deste julgamento foi o mundo imergir nas aterradoras Guerras Imperiais, culminando com a I GG e seu desdobramento a II GG.
Hoje é muito comum voltamos a procurar culpados, ao invés de elucidar as possíveis causas de problemas. A igreja católica conclama nesta semana um “exército de exorcistas” a fim de apaziguar o crescente domínio do mal sobre a terra. Lembro-me do período de Guimarães Rosa, em Grande Sertão : Veredas: “Do Demo? Não gloso. Senhor pergunte aos moradores. Em falso receio, desfalam o nome dele – Dizem só: o Que-Diga. Vôte! não... Quem muito se evita se convive.”.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
A geração posterior...
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Um Erro Além do Horizonte
Comumente ao pensarmos sobre o período temporal da Antiguidade Clássica, talvez induzidos pelo nome, nossa mente é povoada por Gregos e Romanos, em uma esfera mental mais externa; Sumério e Egípcios, em um nível mais profundo. Junto a esses, no máximo, adicionamos alguns povos semi-barbaros, que hora sim, hora não, reivindicavam o brilho máximo de um talentoso coadjuvante na escrita da história. Tal qual as montanhas que cobriam nossa vista essa imagem mental de civilização ainda esconde o magnífico Império que era edificado as margens do Rio Amarelo. Possuidores de um espírito inventivo impar os Chineses estavam muito a frente do ocidente em tal época. Nesse período Confúcio dava os seus primeiros passos na província de Shandong. O papel era manufaturado em larga escala a ponto de ao passar de poucas décadas a imprensa ter se fundamentado neste solo através de técnica de xilogravuras. Propiciando não só que as idéias fossem difundidas nos séculos subseqüentes, mas também fomentado a alfabetização de toda uma classe operária. Todo o candidato a serviço público possuía uma cópia do livro contendo os preceitos de Confúcio assim como outro com a doutrina Budista. Possuíam um manual agrícola, largamente difundido entre os fazendeiros que mostrava como aprimorar, manipular e selecionar sementes. Iniciaram não só a construção da grande muralha, como também possuíam um canal artificial igualmente colossal onde escoavam a produção agrícola de maneira ágil e segura. Seus alquimistas ensaiavam os primeiros experimentos com pólvora. Desenvolveram várias técnicas de navegação. Foram os primeiros a edificaram pontes suspensas por correntes. No campo da medicina eram virtuosos fitoterápiticos e também foram os primeiros a identificar doenças relacionadas ao trabalho. Na metalurgia nada deviam as forjas Germânicas medievais, mesmo estando separados por séculos de antecedência.
Sob tal óptica poderíamos vir a concluir que essa sociedade corria a passos largos a revolução industrial antes mesmo do inocente ocidente adentrar na alta idade média. Fato é que tal coisa nunca ocorreu. Acontecimento estranho aos olhos ocidentais. Contudo facilmente explicável. Eram cartógrafos primorosos, contudo a escala era guardada a representar tão somente pequenas vilas e propriedades rurais. Suas terras e cultivos eram ricos, acreditavam estar sitiados no jardim da humanidade, nada de melhor poderia existir além de suas cidadelas. Eram hábeis marinheiros, é fato que inventaram a bússola, contudo se dedicavam simplesmente a navegação de cabotagem. Quando Colombo arriscava as primeiras tentativas de circulo navegação anda os cientistas Chineses tinham a convicção que o mundo era plano e que a China era seu centro. Fora isso nenhum outro empecilho tecnológico impedia a China ter chegado a América em pleno período ocidental clássico.
Tais idílios podem ter fundamento no budismo, doutrina que prega a certo conformismo de alma e ambição. Contudo a mim parece que o pecado maior dessa magnífica civilização foi a total incapacidade de sonhar, a temerária precariedade no ato de se reinventar em um processo cíclico. Não por medo de arriscar algo maior, mas sim pela plena certeza de já possuírem tudo que poderiam vir a querer. Não me causa espanto saber que a pequena tribo dos Mongóis, não mais que um rato que rugia alto de dentro de uma garrafa no coração da Ásia, os subjugaram de tão fácil mente. Esses atrevidos cavaleiros tiveram a genialidade de apresentar o mais nocivo elemento ao Império Chinês, ou a qualquer outra sociedade sedimentada; eles trouxeram o “novo”.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Medice, cura te ipsum.
Em certa feita Quiron foi visitado pelo seu amigo Heracles, para a feliz ocasião velho professor manda que seja servido um odre de vinho. O aroma da bebida aguçou a cobiça dos demais centauros, selvagens e muito hostis ao homem. Dá-se fantástica batalha onde Heracles, armado de suas flechas envenenadas pelo sangue da Hidra Lerna, abate todos os centauros agressores. Infelizmente no afã da batalha fere acidentalmente o bom amigo Quiron. O Centauro, filho de Cronos, é imortal. Contudo o veneno da Hidra garante que o ferimento nunca feche, algo que estava muito além dos conhecimentos de cura do médico primordial. Não suportando a dor o velho Centauro renuncia a sua imortalidade e vai ao encontro do fim de seu enorme sofrimento entrando no reino dos mortos. Lembrando que o preço da imortalidade não é mais que a vergonha ou a dor eterna.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
EDWARD HOPPER: RETRATOS DO INIDIVIDUALISMO URBANO.
Círio J. Simon
Não existe solidão maior que a companhia de um Paulistano.
Nelson Rodrigues.
RESUMO:
Ao adentrarmos no estudo da obra de Hopper devemos compreender que sua produção é pautada por diversos aspectos psicológicos e sociológicos da construção de um novo inconsciente coletivo do homem urbano do início do século passado. A vida nas grandes cidades pós-primeira guerra abandonava os últimos resquícios culturais do período social urbano colonial vitoriano. A quebra da bolsa de valores de Nova York no período do entre guerras e a impressão de impotência do trabalhador urbano jogado fronte a um mecanismo macro-financeiro fez fortalecer os sindicatos trabalhistas que marcavam em tintas vermelhas o período da depressão norte-americana. As idéias e teorias de Freud se popularizavam ao passo que o homem deixava de ser visto como um ser puramente social e tornava-se, cada vez mais, um ente que se posiciona e reage de modo particular e pessoal perante a sociedade. A massificação impessoal urbana aos poucos destruía os núcleos de convívio comum, mais próprio, neste momento, das pequenas cidades rurais. O individualismo social, a perda da identidade coletiva e a falta de esperança no futuro comunitário transformavam fortemente o plano sociológico de época. Nesta conjuntura cultural Edward Hopper encontrou terreno fértil para o florescimento de sua arte. Sua obra é impregnada dessas características, forjando assim um retrato fiel da sociedade norte-americana do alvorecer do século XX.
PALAVRES-CHAVE: Edward Hopper, Arte, Urbanismo, Norte América.
1 CONTEXTO HÍSTORICO
A sociedade sofria marcante reformulação no período entre-guerras. Como conseqüência do esforço de guerra, a Europa vivenciara um surto científico e tecnológico. As idéias do alemão Karl Marx ganhavam forças sob a luz do luar do oriente europeu. As classes operárias européias, já bastante castigadas pelo esforço de guerra e pela falência do sistema monetário industrial imperialista, vislumbravam tais idéias como uma nova possibilidade de sociedade mais igualitária.
A revitalização da indústria norte-americana fomenta uma nova onda de imigração de mão de obra para o novo mundo. Essa esculpia a marcantes cinzeladas um novo perfil para os antigos centros urbanos estadunidenses. Trouxeram consigo, esses imigrantes europeus, um pouco mais que suas ferramentas de trabalho; em seu rol de pertences também existia um privilegiado espaço para sua bagagem cultural. Muito desta constituída de hábitos e costumes, alguns deles fundamentados no berço do comunismo e do anarquismo. Esse aparente idílio de igualitarismo na verdade enraizavam no concreto urbano os primeiros brotos do individualismo metropolitano. Contudo, por se tratar de uma diáspora da classe trabalhadora, a arte norte-americana ainda assim se mantinha relativamente imaculada ao “avant-guarte” europeu. Na mesma época surgia nos subterrâneos da 5° Av. em Nova York um grupo de artistas que, com seus pinceis, a traços ágeis, delineariam os tons de uma nova vertente do realismo fotográfico, galgada sobre o seletismo da realidade representada. Esses ficaram conhecidos como o grupo do “The Eigth” e grande parte de seu trabalho era dedicado ao retrato poético dos maginalizados nos guetos de Nova York. Fruto deste embrião artístico fecundado nos porões da Times Square, a arte de Hopper torna-se um forte expoente da identidade cultural urbana norte-americana.
2. A OBRA
Neste cenário efêmero se dá a obra de Hopper, em um ambiente transitório edificado por uma sociedade onde a comunidade não é mais tão importante quanto o serviço e que o “Eu” que alheio percebe não mais que o universo imediato, contudo nada registra. Em Night Hawks, fica presente não só o individualismo das pessoas retratadas “que não se olham” também a intenção de interação predatória de serviço prestado. Fica evidente a exclusão de todas as demais pessoas das ruas da cidade de Nova York que não tem a ver com o momento(Fig. 4).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Huitzilopochtil, o Colibri Canhoto; Deus dos Guerreiros Esquecidos.
Nessa semana me deparei com um pequeno, mas recorrente, grupo de perguntas: Afinal, quem foram os Astecas? Qual eram suas técnicas, artes e mitos?
Ao iniciar o tratamento desta incomoda coceira intelectual, minha primeira descoberta foi a decepcionante conclusão do quanto não damos a devida importância a essa magnífica civilização. Existe realmente muito pouco escrito sob; e quando feito comumente tal assunto é abordado sobre forma fantasiosa, oscilando entre mitificações de contatos extra-terrestres e teorias apocalípticas. (Nada contra o pessoal da “nova era”, mas por vezes eu acho que o que eles tratam por “oculto” não é mais que eclipsar a beleza e a grandiosidade do espírito humano). A segunda foi a maravilhosa descoberta de um grupo social fomentador de uma cultura cujos ciência e arte era riquíssima e deliciosamente original. Uma sociedade repleta de concepções de universo bastante particulares, soluções imaginativas, iconografia fantástica, posuidora de medos, anseios e esperanças extraordinários ante a uma realidade desafiadora.
Mestres na solidificação da improvável teoria dos “sentimentos mistos”, sem dúvida, conheciam o ápice do termo culto sublime. Diderot, em uma carta a Sophie, indica esse termo como um misto entre o êxtase e o terrível. Para tal descreve uma cena onde uma linda mulher semi-nua oferece doce néctar alcoólico servido dentro do sangrento crânio de nosso inimigo. Essa imagem mental, apesar de toda valorização dos sentimentos antagônicos, tem um impacto mental pífio ante o ritual de sacramento de um rei em Tenochtitlan. Onde cerca de 70 mil prisioneiros foram sacrificados em um ritual que arrancava-se da cavidade tórax seus corações, ainda palpitantes, para serem oferecidos para Huitzilopochtli, o colibri-canhoto, Deus da guerra e dos vencidos. Após mortos, corpos pintados eram atirados aos espctadores sendo avidamente devorados por uma multidão em êxtase. Suas peles eram esfoladas e utilizadas como uma segunda pele do cidadão, que a usava até que apodrecesse, neste meio tempo o Asteca assumia a personalidade da vítima, e como esse deveria ser tratado pelos demais.
Eram grandes arquitetos que artificializam o terreno com pirâmides tão grandes como montanhas, transformando a paisagem tropical. Possuíam aquedutos, dominavam técnicas de irrigação, cantuária, orientação solar, edificação sobre palafitas a ponto de Tenochtitlan, edificada sobre um lago, foi classificada por arqueólogos como a Veneza do antigo Novo Mundo. Artistas singulares possuíam uma linguagem representativa pictórica rica e magnífica, muito da qual ainda não formamos concepção imaginativa adequada. No campo das ciências eram capazes de uma leitura astronômica primordial, elaboraram, embasados nesse conhecimento, um calendário mais preciso que o nosso atual gregoriano. Para tanto desenvolveram um linguagem matemática autentica, solidificada em um cordão com nós, que usavam para realizar cálculos e transmitir mensagens em meio as florestas do mundo pré-mexicano.
Tal civilização certamente não foi dada gratuitamente a selvagens por piedosos visitantes do espaço! Fora conquistado com o melhor que reside em nossas almas: esperança e agonia, erros e acertos, bondade e crueldade, ciência e fé, arte e destruição, trabalho e martírio... Somente assim enxergo como esse nômades realizaram no hiato de 200 anos o que Romanos e Egípcios levaram mais de 1000 para fazer. O mais irônico disto tudo é que a mesma cultura que os glorificou os destruiu. Quando Cortez desembarcou no novo continente tal fato catastroficamente coincidia com a profecia do retorno de Quetzalcoalt. Divindade branca de olhos azuis e barba longa que chega para ficar e dominar o mundo para sempre...